O Brasil é sem dúvidas um dos países com a maior diversidade florestal, ao mesmo tempo em que tem o potencial de aumentar a geração de empregos no campo e de ser um dos principais distribuidores de nutrientes saudáveis para o mundo sem que para isso seja necessário abrir novas áreas de cultivo.
Entretanto, atualmente a produção agropecuária nacional é voltada quase que inteiramente para o mercado de commodities, em especial carne e grãos, estes para alimentar a pecuária do resto do mundo. Enquanto isso, dados recentes revelam que 58,7% da população brasileira convive em insegurança alimentar, enquanto a ONU estima que 828 milhões de pessoas são afetadas pela fome em todo o mundo, o que representa praticamente 1 em cada 10 pessoas, considerando que o mundo atingiu a marca estimada de 8 bilhões de habitantes em novembro de 2022.
Assim, diante da urgência no enfrentamento às mudanças climáticas e seus impactos socioambientais, se destaca o importante papel do Brasil na promoção da regeneração ambiental aliada a políticas públicas voltadas à promoção da segurança alimentar, entre outros pontos centrais.
Para isso é fundamental a mudança de pensamento, inclusive através de forte implementação de políticas ESG – ambientais, sociais e de governança, na produção nacional. Ao mesmo tempo, não se pode negar que a obtenção de recursos financeiros é também um dos grandes gargalos.
Nesse cenário, destaca-se novamente a CPR-Verde, enquanto oportunidade aos produtores rurais de obtenção de financiamento para o desenvolvimento de projetos agroflorestais. Com isso, o instrumento poderá contribuir de maneira importante frente aos desafios necessários para evitar o atingimento dos níveis de aquecimento global e demais limites planetários e seus pontos de não retorno, fortalecendo simultaneamente as comunidades locais e a distribuição de renda.
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