Como consequência aos esforços de combate às mudanças climáticas por parte das empresas e dos Estados, a adesão ao mercado de carbono visando o cumprimento das metas do Acordo de Paris vem crescendo cada dia mais. No Brasil, o Projeto de Lei 2148/15, que propõe a regularização do mercado de carbono, foi recentemente aprovado pela Câmara dos Deputados, o que demonstra o comprometimento do país com a redução das emissões de gases de efeito estufa (GEEs), e as expectativas são altas em torno de sua célere aprovação.
Uma vez promulgada a lei, o Brasil estará diante de um mercado de carbono regulado, em que os países e empresas firmam acordos e metas de redução de emissões, em Conferências Governamentais, por exemplo, e, a partir disso, se comprometem a reduzi-las ao menos até o nível fixado no compromisso.
Segundo uma pesquisa realizada pela WayCarbon, o Brasil pode “fornecer quase 1.5 bilhões de toneladas de carbono por ano em reduções ou remoções de emissões de GEE a partir de projetos que envolvem: restauração, desmatamento evitado, agricultura regenerativa e blue carbon”. Assim, com a regularização e fiscalização do mercado de carbono, o Brasil possui um grande potencial para impulsionar o seu crescimento econômico, além de obter ganhos substanciais a partir da redução das emissões de GEEs.
Ainda, durante um evento da WayCarbon, a gerente sênior Laura Albuquerque expôs que o país pode movimentar entre 493 milhões a 100 bilhões de dólares, além de permitir o emprego de 8,5 milhões de pessoas até 2050. Assim, é possível identificar o enorme potencial brasileiro em se desenvolver diante do mercado de carbono, permitindo o acúmulo de ganhos baseados em uma economia verde e ética.
Desse modo, é essencial que as empresas brasileiras passem a realizar inventários de emissões, a fim de quantificá-las, qualificá-las e registrá-las, permitindo a criação de um plano de redução de poluição que corresponda às metas do mercado de carbono.
Por fim, uma das formas que as empresas e organizações possuem de participar do mercado de carbono, é a partir da Cédula de Produto Rural Verde(CPR-Verde), instrumento que permite às entidades a compra e venda de créditos para a compensação de carbono, bem como o investimento em serviços de preservação ambiental, garantindo resultados consistentes em favor do meio ambiente e comunidades, o lucro a longo prazo e o combate ao aquecimento global.
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